sábado, 23 de fevereiro de 2013

Guerra de trincheiras.

Guerra de Trincheiras foi uma das fases da Primeira Guerra Mundial.

No final do século XIX, novas potências começaram a se formar na Europa. Estes novos países que tinham suas economias ligadas às produções industriais necessitavam de mercados consumidores ao redor do mundo e também de fontes de matérias-primas que sustentassem suas produções. Esse momento é conhecido como a fase de expansão do capitalismo imperialista, no qual os países mais poderosos econômicos e industrialmente, países europeus e os Estados Unidos, buscavam por suas zonas de influência que atendiam aos seus anseios capitalistas. A entrada de novos países europeus na disputa por tais localidades ocasionou um clima de forte instabilidade no continente europeu.
Em 1914 a paz foi rompida na Europa com a deflagração da Primeira Guerra Mundial entre os países imperialistas, especialmente impulsionada pelos interesses de Alemanha e Itália que entraram tardiamente na corrida capitalista. Rapidamente, a Alemanha se expandiu militarmente por territórios adversários e montou suas bases de guerra. No início, a infantaria foi muito utilizada com o apoio da cavalaria e de peças móveis de artilharia. Este tipo de combate marcou a primeira fase do conflito, identificado como guerra de movimento.

Aos poucos passaram a ser utilizadas as trincheiras como estratégia de guerra, o que causou muitas baixas ao exércitos que insistiam no deslocamento de tropas. Mesmo fazendo uso de bombardeio, gases e lança-chamas, o mecanismo das trincheiras, que utilizavam metralhadoras e eram defendidas por arame farpado, causava o fracasso da infantaria.
O recurso às trincheiras era uma forma de guerra já conhecida na antiguidade, mas foi somente na Primeira Guerra Mundial que ocorreu efetivamente uma Guerra de Trincheiras, muito impulsionada pela invenção da metralhadora. As trincheiras eram cavadas pelos próprios soldados, possuíam cerca de 2,5 metros de profundidade e 2 metros de largura, por onde se movimentavam os combatentes. Em sua parte posterior, eram protegidas por sacos de areia, que defendiam do impacto dos tiros e dos estilhaços das bombas. À frente desses sacos de areia, estavam longas coberturas de arames farpados, algumas vezes eletrificados, que impediam a aproximação do inimigo. Devido à profundidade das trincheiras, não era possível observar o campo de batalha, por isso construía-se algumas elevações dentro das trincheiras que permitiam alcançar o nível de visão adequado do combate e também o acesso às metralhadores, o equipamento básico que era capaz de destruir muitos inimigos.
Guerra de Trincheiras marcou a segunda fase da Primeira Guerra Mundial. Foi a fase mais sangrenta, onde se verificava as piores condições humanas de sobrevivência em um campo de batalha. Milhares de soldados permaneciam durante meses dentro desses túneis que eram interconectados formando uma rede de defesa dos exércitos. Apesar das trincheiras defenderem contra tiros de rifles e metralhadoras, não tinham muito sucesso contra projéteis de artilharia. As condições de sobrevivência eram as piores possíveis. Quando os soldados cavavam as trincheiras em regiões perto do mar, acabavam encontrando água no meio do processo, o que deixava o terreno permanentemente tomado por lama. Em ocasião de chuva, a situação se intensificava, os túneis ficavam inundados e os soldados tinham que lutar, comer e dormir encharcados. A lama evitava que se mantivessem aquecidos e o cheiro de mortos era constante. Pela presença de muitos cadáveres em decomposição, apareciam muitos ratos em busca de alimentação e o quadro geral se tornava muito propício à morte.
Entre trincheiras inimigas havia um espaço de aproximadamente 200 metros de distância, no qual jaziam muitos mortos ou feridos que esperavam por socorro. Entretanto só era possível que as equipes de resgate saíssem à noite para tentar salvar algum combatente, o que costumava ser tarde demais. Ainda nas trincheiras, os soldados se alimentavam com carnes e vegetais enlatados ou biscoitos. Em um momento único, no primeiro Natal depois de iniciada a Guerra de Trincheiras, os soldados cessaram os ataques e saíram das trincheiras para se cumprimentarem. Mas o grande número de mortos que viria em seguida e o elevado índice de estresse causado pelo combate aumentaram o ódio entre os combatentes, impedindo que algo parecido ocorresse novamente.
Guerra de Trincheiras não foi o motivo pelo qual o lado vencedor venceu a guerra, ela apenas trouxe mais morte e sofrimento para os combatentes. Foi com o uso de tanques de guerra seguidos por soldados e aviões de combate que, em 1918, foi possível quebrar as defesas alemãs na Frente Ocidental.




I Guerra Mundial


A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

História da Primeira Guerra Mundial, antecedentes, conflitos econômicos, concorrência industrial e comercial, Tríplice Aliança e Tríplice Entente, as trincheiras, participação das mulheres, novas tecnologias, Tratado de Versalhes, conseqüências, resumo

avião da primeira guerra mundial
Avião de combate da Primeira Guerra Mundial

Antecedentes

Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.
Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

O início da Grande Guerra

O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

Política de Alianças

Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação deFrança, Rússia e Reino Unido.
Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.

Desenvolvimento. 

As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.

Fim do conflito

Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada,  perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.
A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

"Pra começo de conversa!!"

"História é a ciência do passado e do presente, um e outro são inseparáveis"
Fernaud Brandel - Historiador francês.


"A história é feita de muitas partes, mas também é única. Somos parte de um mesmo processo que percorre o mundo e nos liga ao planeta. Perder o sentido da mudança é perder o sentido da vida e das oportunidades que ela nos dá, todos os dias, para transforma-la"
Hebert de Souza - Sociólgo brasileiro



 
Nossos amigos ali logo acima, estão pensando sobre o futuro, e quem não pensa sobre o futuro não é mesmo, por isso estudamos, trabalhamos, acordando todas as manhãs para mais um dia que nos espera.
Mas e o passado?
Mas será que quando pensamos em história, só nos traz a ideia de passado?
 
História não é sinônimo de passado. A experiência vivida no passado não pode ser revivida por nos - jamais poderemos saber o que sentia um gladiador da Roma Antiga no Coliseu, ou o que exatamente Napoleão tinha em mente quando decidiu invadir a Rússia, em 1812.
O que de fato aconteceu no passado por lá ficou - a história é nossa tentativa de reconstruir o passado a partir das evidências que dele permanecem.

CURIOSIDADE - A palavra "história", que tem o significado comum de "tudo que aconteceu até agora", origina-se da palavra grega historein, ou seja, "descobrir através de perguntas".

Podemos dizer que a História é o conjunto das indagações que fazemos acerca da história da espécie humana.
 
Mas a História não são apenas fatos!
 
Os historiadores não perguntam apenas "O que aconteceu?", mas também "Por que?", "Como?" e "Quais foram as consequências?"
 
São através dessas perguntas e outras questões e das conclusões que os historiadores chegam que o passado se torna,e para a maioria de nós, um campo muito mais compreensível.
 
E para você o que é a História?
 
E afinal de contas qual a importância em estuda-la?

 
"Aqueles que não conseguem se lembrar do passado estão condenados a repeti-los"
George Santayana - filósofo do século XX.

É com essas perguntas, e como as suas perguntas, que juntos iniciamos essa caminhada pelo saber da história, então já deixo um desafio:

1 - O que é história para você?

2 - Qual a importância de estuda-la?

3 - Deixe um relato de  algo ou algum fato, que tenha marcado a sua vida, através da história dos nossos dias.

Conto com a participação de todos, lembrando que esse espaço é nosso, uma continuidade da sala de aula em nossas casas.


Agora deixo um vídeo sobre o assunto para vocês!



Bons estudos, nos vemos aqui no blog e nas próximas aulas!

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Exspectata carus alumni!



"Qual é a escola dos seus sonhos"? "Para mim, é a escola que educa os jovens para extraírem segurança da terra do medo, sorriso das lágrimas e sabedoria dos fracassados. A escola dos meus sonhos une a seriedade de um executivo e a alegria
de um palhaço. Na escola dos meus sonhos cada criança é uma jóia única, mais importante que todo dinheiro do mundo. Nela os professores e alunos escrevem uma belíssima história, são jardineiros que fazem da sala de aula um canteiro de pensadores."
                                                                                                   Augusto Cury


Queridos alunos!

Que neste novo ano letivo, possamos em parceria, trilhar pelo mundo fantástico que é a história, e juntos desvendar a história que somos nós.
Desejo um ótimo 2013 a todos nós!




Abraço sincero, Professor Luiz Carlos